Distante cerca de 331 Km da capital Manaus, e localizado na região do baixo Amazonas, o município de Barreirinha foi o único no Pólo do baixo Amazonas a superar a meta do Plano Nacional de Imunização (PNI). O Ministério da Saúde preconiza que o número mínimo do público alvo de cada cidade a ser vacinado é de 95%, mas apesar do ano atípico por conta da Pandemia do Novo Coronavírus, Barreirinha conseguiu vacinar 96,13% do seu público alvo, o equivalente a 3.202 crianças de um total de 3.331 da população vacinal.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil (Poliomielite) ocorreu em 2020 no período de 5 a 30 de outubro e foi prorrogada por mais 30 dias. O público alvo da campanha são crianças com idade de 1 a 4 anos.
Durante a campanha, o município disponibilizou cerca de 40 profissionais da área de saúde para realizar os atendimentos nos postos da cidade, interior e área indígena.
De acordo com a secretaria de saúde de Barreirinha, o município recebeu 3.340 doses da vacina para atender a população. “É importante ressaltar que a nível Brasil apenas os estados de Amapá e Pernambuco atingiram a meta nacional de vacinação. Aqui no baixo Amazonas, Barreirinha superou até mesmo a cidade do pólo que é Parintins, que atingiu apenas 42,25% do público alvo. Enquanto que Boa Vista do Ramos 93,6%, Maués 92,82% e Nhamundá 81,02%, foram os municípios vizinhos que obtiveram melhor desempenho”, comentou Leopoldo Tavares, coordenador da Fundação de Vigilância em Saúde de Barreirinha (FVS).
Ainda segundo a Semsa, a maior dificuldade que a equipe teve foi no acesso as comunidades ribeirinhas, devido a vazante dos rios. De acordo com a pasta, durante o mês de novembro foi realizada busca ativa das crianças não vacinadas pelos agentes comunitários de saúde, tanto na sede como na área rural do município. A secretaria também contou com a parceria do Dsei-Parintins, que é responsável pela vacinação na área indígena Sateré Mawé.
Há mais de duas décadas, o Brasil comemora a erradicação da Paralisia Infantil em seu território. Uma grande conquista que precisa sempre ser lembrada, preservada e comemorada.
Texto: Valdir Torres
Foto: Divulgação