O site parintins em Destaque nessa quarta-feira, 10 de junho, teve acesso a documentos que comprovam que as denúncias na Justiça Trabalhista contra o Boi Caprichoso aumentaram em 2014. Procurado pela reportagem, o ex-presidente do bumbá, Joilto Azêdo (presidente por sete vezes), destaca que “todos os presidentes tiveram seus erros e certos, contribuíram com o boi e com o festival, mas assim como eu tiveram dificuldades, onde essas dívidas trabalhistas começaram lá atrás”.
Joilto Azêdo lembrou que em seu primeiro mandato (97 a 2000) todos os patrimônios do bumbá (Clube de Campo, Escolinha, Curral, Sede) foram conquistados em sua gestão. “Infelizmente, quando um presidente assume o boi, ele paga dívidas anteriores e as suas acabam ficando para o próximo presidente”. Como exemplo, citou seu retorno à presidência azulada em outubro de 2013, com um débito de R$ 3 Milhões de dívidas de adiministrações passadas, tendo que pagar mais de R$ 1 Milhão, só de negociação na Justiça, onde 79 processos eram de administrações anteriores.
O ex-presidente afirma que todas as suas contas a frente do bumbá foram aprovadas, apesar das conquistas, por falta de perda de patrocínio, recursos federal e estadual, em 2016, deixou um débito de pagamento de artistas para o próximo presidente. “Essa conta que percorrem até hoje, são de artistas que não recebiam INSS, FGTS, carteira assinada, onde eles (artistas) vão saindo e colocando na Junta alegando muito tempo de trabalho no bumbá”.
A dívida trabalhista do boi Caprichoso hoje, gera em R$ 5,2 milhões, levando a leilão a Escolinha e o Curral Zeca Xibelão, sob decisão do juiz titular da 1ª Vara do Trabalho de Parintins, Izan Alves Moreira Filho. “O momento agora não é de achar culpado(s) é de unir força para tentarmos resolver o problema, para não perdermos patrimônio conquistado com muita luta para nossa associação, para a nação azul e branca”, finalizou Joilto.
Kedson Silva/Parintins Em Destaque
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