Após articulação do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Parintins), a ONG Expedicionários da Saúde doou 22 concentradores de oxigênio para o enfrentamento da Covid-19 em municípios do Baixo-Amazonas.
Parintins recebeu 10 concentradores, enquanto Nhamundá, Barreirinha e Maués receberam 04 cada município. Os equipamentos serão usados por pacientes em hospitais referências no combate ao coronavírus, devido a grande demanda de oxigênio.
Ao todo o Dsei/Parintins já conseguiu 65 concentradores de oxigênio, estando 30 em áreas indígenas, 13 nas Casai’s e 22 nos hospitais dos municípios.
Os concentradores transformam água em oxigênio, garantindo o fornecimento de 5 litros do gás por minuto, com 98% de pureza. A sua utilização garante saturação sanguínea acima de 90% aos pacientes.
De acordo com o coordenador do distrito, José Augusto ‘Nenga’, o Dsei fez um projeto para os EDS, mostrando a crise de oxigênio nos municípios do estado, em especial do Baixo-Amazonas, e solicitou que fosse estendido para esses hospitais que atendem os indígenas.
“A princípio nós trabalhamos para colocar os concentradores nas aldeias dos Polos Base para atender as emergências de contaminação de Covid-19 que necessitassem desse fornecimento de oxigênio em pacientes com casos leves e moderados. Porém, com a crise que se instalou em modo geral no estado pela escassez de oxigênio para atender um grande número de pacientes, o Dsei/Parintins fez uma proposta para os EDS, no sentido de expandir o projeto e nós pudéssemos também dotar e auxiliar os hospitais dos municípios de referência que atendem os indígenas que nós trazemos para tratamento hospitalar de forma para amenizar esse consumo elevado do oxigênio”, explicou o coordenador.
Nas entregas o Dsei/Parintins foi representado pelo coordenador substituto Evaldo Leite, substituindo Nenga que está em tratamento após ser acometido pela Covid-19.
Nenga destaca o empenho do Dsei em colaborar com os municípios através dos Expedicionários da Saúde. A logística de transporte dos concentradores teve parceria do Greenpeace e da Primeira Igreja Batista de Parintins.
“Houve toda uma mobilização para essa logística, que contou também com o apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) Estamos muito felizes em poder colaborar com esses parceiros, com os profissionais de saúde dessas unidades, com os prefeitos, grandes colaboradores do nosso trabalho. Agora estamos preparando um novo projeto para conseguir novos concentradores também para o Hospital Padre Colombo, em Parintins”, completou.
Assessoria
Foto: Divulgação/Dsei-Parintins